No próximo dia 10/05/2012 teremos mais
um seminário do LabSis, atividade coordenada pelo Prof. Jordi Julià. O
seminário será proferido pelo doutorando da PPGG (Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica) Paulo Henrique Sousa de Oliveira e terá
por título "Sismicidade na região noroeste do Ceará e sua relação com o Lineamento Transbrasiliano".
O seminário será apresentado no auditório do prédio Reuni (Departamento de Geofísica), às 16:30 h.
Resumo
A região noroeste do Ceará, geologicamente conhecida como Domínio Noroeste
do Ceará (DNC), está localizada na plataforma estável sul-americana. Além de
sua importância geológica, estrutural e tectônica, o DNC possui uma das
principais áreas sísmicas ativas da região Nordeste do Brasil, sendo relatados
eventos desde o século XIX .
Há muito o Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN) vem efetuando estudos
da atividade sísmica com redes sismográficas locais nessa região, inicialmente
em Groaíras, onde dois eventos seguidos de magnitudes 3,9 mb
e 4,1 mb ocorreram em 1989. Após esses eventos várias
campanhas têm sido realizadas para estudar a sismicidade ocorrida nesta região. As últimas campanhas realizadas na região foram realizadas na região da Serra da Meruoca (área sísmica
nos limites dos municípios de Sobral, Meruoca e Alcântaras), em 2008 (rede SB)
e em Santana do Acaraú, em 2010 (rede SA).
É importante observar também que Sobral e Santana do Acaraú possuem
considerável proximidade do Lineamento Transbrasiliano (LTB), o qual consiste
numa gigantesca zona de cisalhamento que corta a área de estudo e se estende
para sudoeste, até a região central do Brasil. Sendo assim, quando da ocorrência de sismicidade no
DNC, geralmente se especula se a mesma é uma possível reativação do LTB.
Apesar da proximidade da sismicidade nas regiões citadas anteriormente
possuir proximidade do LTB, o objetivo desse trabalho é mostrar que
nem sempre é possível associar a ocorrência de sismicidade como uma possível reativação do LTB, diferentemente do que ocorre na região do Lineamento
Pernambuco (LP) onde existe uma clara correlação entre a sismicidade de o LP.
Fonte: LabSis/UFRN
Paulo Oliveira, Joaquim Ferreira, Jordi Julià
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