Título: ESPESSURA DA ZONA DE TRANSIÇÃO DO MANTO SOB A PROVÍNCIA BORBOREMA, NE BRASIL, ATRAVÉS DE CONVERSÕES Ps TELESSÍSMICAS
Resumo:
A zona de transição do manto está definida por duas descontinuidades sísmicas, nominalmente a 410 e 660 km de profundidade, que resultam de transformações de fase na olivina. Experimentos de alta pressão neste mineral têm mostrado que a pressão na qual a transformação de fase acontece muda com a temperatura e com seu conteúdo de Fe e/ou água; assim, a topografia dessas descontinuidades fornece informações sobre as variações laterais de temperatura e composição da zona de transição. Na Província Borborema, estudos geofísicos revelaram a existência de uma anomalia de geóide que poderia refletir a presença de uma anomalia térmica profunda.
Neste trabalho, foram utilizadas conversões P-para-S telessísmicas registradas em 21 estações sísmicas de banda larga na Província Borborema para determinar a espessura da zona de transição e investigar se há mudanças laterais da temperatura abaixo das mesmas, para isso foi aplicado o método de função do receptor. Os resultados preliminares mostram que não existem variações significativas na espessura da zona de transição, o que sugere que as possíveis mudanças de temperatura associadas à anomalia do geóide, se corretamente postuladas, estão confinadas em profundidades acima de 410 km. A não existência de indícios de aumento da temperatura na zona de transição é também importante para o estudo de uma hipotética pluma do manto, pois se esta não atingiu a profundidade da zona de transição, então não seria uma alternativa plausível para explicar a origem do magmatismo e soerguimento no Cenozóico da Província Borborema.
Fonte: LabSis/UFRN
Adriane Pinheiro, Jordi Julià, Rodrigo Pessoa, Joaquim Ferreira
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