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quinta-feira, 11 de junho de 2020

LabSis45 - 45 anos de sismologia na UFRN


     Neste ano a sismologia na UFRN completa 45 anos. Tudo começou em 1975 quando a responsabilidade pela operação da estação sismográfica de Natal (NAT), pertencente à rede global WWSSN, mudou da Marinha para o DFTE/UFRN visto que a Marinha queria utilizar o espaço onde a estação estava instalada para outros fins, ficando a UFRN de arrumar um novo local para ela ser reinstalada. No final de 1976 houve uma reunião em Natal, em que Jesus Berrocal, do IAG/USP, Jim Jordan, do USGS e Mário Barbery, professor do DFTE responsável pela estação NAT, discutiram com o departamento como resolver a transferência da estação.
Até então o DFTE só contava com um docente formado na área de geofísica, José Wilson Macedo, que fez o mestrado na Bahia. Em 1978, o IAG/USP se interessou em tentar levar estudantes de Natal para fazer o mestrado lá. Os dois primeiros seguiram em 1978 (João da Mata e Tilson Baltazar) e, em 1979 foram para o IAG outros quatro (José Antônio Moreira, Mário Takeya, Janilo Santos e Joaquim Ferreira). Esse conjunto de pessoas (José Wilson, João da Mata, Tilson Baltazar, José Antônio Moreira, Mário Takeya, Janilo Santos e Joaquim Ferreira), a que mais tarde se somou Walter Medeiros, constituiu o Grupo de Geofísica do DFTE, núcleo inicial que geraria o futuro Departamento de Geofísica (DGEF).
          No mestrado, João da Mata, Joaquim Ferreira e Mário Takeya ficaram sob a orientação de Marcelo Assumpção que recém chegara de seu doutorado em Edimburgo, na área de sismologia. Paralelamente estava em andamento a transferência da estação de Natal (NAT) para Caicó (CAI) que acabou se efetivando em 1983, quando então a responsabilidade pela estação já estava com  Joaquim Ferreira.
          Nos primeiros  anos, a rotina na UFRN era de fazer as leituras dos sismogramas de NAT e CAI e enviar, via telex, para o USGS. Foram também feitos levantamentos macrossísmicos de eventos recentes e do passado. Mas então, no começo de julho de 1986, teve início a mais espetacular sequência sísmica que já ocorreu no Brasil, a dos sismos de João Câmara. Isso iria mudar para sempre a sismologia, não só da UFRN mas do Brasil.
A partir daí, foi possível  à sismologia da UFRN se equipar, contratar mais pessoas e atuar em vários estados da região, tanto estudando os tremores de terra do ponto científico quanto esclarecendo a população e ajudando a Defesa Civil a atuar nessas situações. Isso levou à criação do Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), inicialmente no DFTE, e transferido em 2009 para  o DGEF.
Essa história do LabSis, que tem suas raízes em 1975, será narrada em capítulos, desde suas origens até a atualidade.

Figura 1. Mapa de localização de onde foram instaladas redes locais para estudo de atividade sísmica desde 1986. Cada triângulo vermelho indica uma rede.

Fonte: LabSis/UFRN
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Aderson Nascimento, Marcos Pinto

4 comentários:

  1. Cumprimento vivamente o LabSis pelo magnífico trabalho que vem realizando.

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  2. De parabéns está toda a equipe pertencente a esse renomado LabSis45-UFRN. Esses profissionais, que ao longo desse tempo construíram toda essa credibilidade com o cuidado de preservar parcerias que compõem e ajudam a esclarecer os fatos relativos à segurança global da população, relacionados à Sismologia como um todo. Nós da Proteção e Defesa Civil, comungamos e desejamos vida longa a estes grandes nomes, a este LabSis45, pertencente a esta instituição maior chamada UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN.

    Grande abraço a todos.

    Francisco Brandão
    Chefe do Núcleo de Sismologia da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado do Ceará.

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