Neste
ano a sismologia na UFRN completa 45 anos. Tudo começou em 1975 quando a
responsabilidade pela operação da estação sismográfica de Natal (NAT),
pertencente à rede global WWSSN, mudou da Marinha para o DFTE/UFRN visto que a
Marinha queria utilizar o espaço onde a estação estava instalada para outros
fins, ficando a UFRN de arrumar um novo local para ela ser reinstalada. No
final de 1976 houve uma reunião em Natal, em que Jesus Berrocal, do IAG/USP,
Jim Jordan, do USGS e Mário Barbery, professor do DFTE responsável pela estação
NAT, discutiram com o departamento como resolver a transferência da estação.
Até então o DFTE só contava com um docente formado na
área de geofísica, José Wilson Macedo, que fez o mestrado na Bahia. Em 1978, o
IAG/USP se interessou em tentar levar estudantes de Natal para fazer o mestrado
lá. Os dois primeiros seguiram em 1978 (João da Mata e Tilson Baltazar) e, em
1979 foram para o IAG outros quatro (José Antônio Moreira, Mário Takeya, Janilo
Santos e Joaquim Ferreira). Esse conjunto de pessoas (José Wilson, João da
Mata, Tilson Baltazar, José Antônio Moreira, Mário Takeya, Janilo Santos e
Joaquim Ferreira), a que mais tarde se somou Walter Medeiros, constituiu o
Grupo de Geofísica do DFTE, núcleo inicial que geraria o futuro Departamento de
Geofísica (DGEF).
No mestrado, João da
Mata, Joaquim Ferreira e Mário Takeya ficaram sob a orientação de Marcelo Assumpção que recém
chegara de seu doutorado em Edimburgo, na área de sismologia. Paralelamente
estava em andamento a transferência da estação de Natal (NAT) para Caicó (CAI)
que acabou se efetivando em 1983, quando então a responsabilidade pela estação
já estava com Joaquim Ferreira.
Nos primeiros anos, a rotina na UFRN era de fazer as leituras dos
sismogramas de NAT e CAI e enviar, via telex, para o USGS. Foram também feitos
levantamentos macrossísmicos de eventos recentes e do passado. Mas então, no
começo de julho de 1986, teve início a mais espetacular sequência sísmica que
já ocorreu no Brasil, a dos sismos de João Câmara. Isso iria mudar para sempre
a sismologia, não só da UFRN mas do Brasil.
A partir daí, foi possível à sismologia da UFRN se equipar, contratar
mais pessoas e atuar em vários estados da região, tanto estudando os tremores
de terra do ponto científico quanto esclarecendo a população e ajudando a
Defesa Civil a atuar nessas situações. Isso levou à criação do Laboratório
Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), inicialmente no DFTE, e transferido em 2009
para o DGEF.
Essa história do LabSis, que tem suas raízes em 1975,
será narrada em capítulos, desde suas origens até a atualidade.
Figura 1. Mapa de localização de onde foram instaladas redes locais para estudo de atividade sísmica desde 1986. Cada triângulo vermelho indica uma rede. |
Fonte: LabSis/UFRN
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Aderson Nascimento, Marcos Pinto
Cumprimento vivamente o LabSis pelo magnífico trabalho que vem realizando.
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ExcluirDe parabéns está toda a equipe pertencente a esse renomado LabSis45-UFRN. Esses profissionais, que ao longo desse tempo construíram toda essa credibilidade com o cuidado de preservar parcerias que compõem e ajudam a esclarecer os fatos relativos à segurança global da população, relacionados à Sismologia como um todo. Nós da Proteção e Defesa Civil, comungamos e desejamos vida longa a estes grandes nomes, a este LabSis45, pertencente a esta instituição maior chamada UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN.
ResponderExcluirGrande abraço a todos.
Francisco Brandão
Chefe do Núcleo de Sismologia da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado do Ceará.
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