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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Defesa de dissertação de Cristiane de Souza Costa em 31/08/2016

    Na próxima quarta-feira, dia 31/08, às 08:30, no Auditório do Departamento de Geofísica,  haverá a defesa de dissertação de mestrado de Cristiane de Souza Costa, sendo que a mestranda é aluna do Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG).  A banca examinadora será formada pelos doutores Joaquim Mendes Ferreira (DGEF/UFRN, orientador), José Antônio de Morais Moreira (DGEF/UFRN) e Vladimir Cruz de Medeiros (CPRM).
    A dissertação tem por título "Sismicidade em Pedra Preta-RN em 2013-2014". Nela é discutida a sismicidade em Pedra Preta, no citado período. A sismicidade em Pedra Preta teve início em 2010, quando foi realizada uma primeira campanha e, em outubro de 2013, recrudesceu, ocorrendo vários eventos acima do limiar de percepção, o que causou apreensão na população. No dia 27/11/2013 ocorreu um tremor de magnitude 3.7, o maior até agora em Pedra Preta, que foi sentido em Natal. Após isso, uma nova rede sismográfica foi instalada na região e a dissertação mostra os resultados obtidos pela análise dos dados obtidos, como hipocentros e mecanismo focal composto, e é feita uma discussão da correlação entre a sismicidade e feições geológicas mapeadas na região.
    Um mapa de epicentros é mostrado na Figura 1. 

Figura 1. Mapa de epicentros. Os círculos amarelos simbolizam os sismos mais profundos e os quadrados verdes os mais rasos da campanha de 2013-2014. Os círculos cinza representam os sismos da campanha de 2010-2011. Os triângulos azuis simbolizam as estações da rede utilizada na campanha de 2013. 
Fonte: LabSis/UFRN, PPGG
Joaquim Ferreira

Seminário LabSis de 01/09/2016

    Dando continuidade a série de seminários de 2016, nesta quinta-feira, dia 01/09, às 15:30h, no auditório do Módulo REUNI do Departamento de Geofísica, será proferido o terceiro seminário do LabSis, do ciclo de 2016. O palestrante será Flávio Lemos de Santana, do Departamento de Geofísica (DGEF).

Título: Aplicação do Source Scanning Algorithm (SSA)  na localização de fontes sísmicas. Testes em dados sintéticos e aplicação em dados reais obtidos do monitoramento de  hidrofraturamento em poços de petróleo.
 
Resumo:

   
A enorme e crescente quantidade de dados sísmicos e sismológicos criou a necessidade de se automatizar, da maneira mais completa quanto possível, as etapas de processamento de dados. No caso da localização de fontes sísmicas, mesmo os métodos automáticos de localização, são alimentados com dados de tempo de chegada  de ondas sísmicas identificados por meio de uma inspeção visual dos sismogramas. Em geral, utiliza-se os tempos de chegada das fases P ou P e S, que são  invertidos para se obter a localização do hipocentro e o tempo de origem de um evento sísmico. Essa abordagem tem como limitações: 1) erros na identificação do tempo de chegada das fases sísmicas e, 2) há dificuldade em correlacionar corretamente, em estações diferentes, fases individuais da mesma fonte sísmica. Isso se torna ainda mais complicado quando os eventos estão próximos no espaço e no tempo.
            O método SSA supera essas limitações por explorar a forma de onda gravada para um conjunto de estações sísmicas, incluindo o tempo de chegada e a amplitude relativa. O SSA funciona testando automaticamente se há uma fonte sísmica presente para para um particular tempo e localização. Para isso, o SSA empilha os sismogramas de uma rede de estações sismográficas usando o tempo de percurso teórico, calculado com um dado modelo de velocidades e para um dado hipocentro e tempo de origem tentativos. A região de interesse é discretizada e testada ponto a ponto pelo empilhamento dos sismogramas de diferentes estações. O hipocentro é localizado quando o ponto de maior valor de empilhamento é encontrado. O método tem como vantagens não usar a identificação manual do tempo de chegada e ser aplicável até mesmo em dados com baixa razão sinal/ruído.
            Originalmente o SSA foi construído para ser aplicado em macrossismos. No caso deste trabalho, estamos aplicando esse algorítimo na localização de eventos  causados pelo hidrofraturamento em poços de petróleo (microssismos). Nesse cenário, as distâncias e tempos envolvidos são muito curtos, ou seja, a escala é pequena. Assim é necessário discretizar o espaço e o tempo em intervalos também pequenos, da ordem de poucos metros e em uma fração do segundo, respectivamente. Além disso, o nível de ruído é alto (bombeio de fluido para dentro dos poços) e a energia liberada pelos microfraturamentos é baixa, o que torna os microtremores não identificáveis visualmente nos sismogramas. Diante dessas condições pouco favoráveis, esse trabalho tem como objetivo testar se o SSA tem resolução para identificar fontes sísmicas muito próximas no espaço e no tempo a partir de sismogramas com razão sinal/ruído extremamente pobre.

Fonte: LabSis/UFRN
Flávio Lemos, Jordi Julià, Rodrigo Luiz
 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Forte tremor na cordilheira meso-oceânica em 29/08/2016

    Hoje, 29/08, às 04:29 UTC um forte tremor, de magnitude 7.1, ocorreu na cordilheira meso-oceânica. Esse tremor foi seguido, às 08:20 UTC, de uma réplica de magnitude 5.0.  O epicentro do evento está localizado a aproximadamente 951 km a NNW da ilha de Ascensão, a 1.290 km a ESE de São Pedro e São Paulo, a 1.680 km a ENE de Fernando de Noronha, a 2.030 km a ENE de Natal, a 2.095 km a ENE de Recife e a 2.350 km a ENE de Fortaleza. 
    O mapa de localização epicentral está na Figura 1.

Figura 1. Mapa de localização epicentral. O epicentro está simbolizado pela estrela vermelha. O triângulo vermelho indica a localização da estação de Riachuelo (RCBR). 
    O registro desse evento na estação RCBR está mostrado na Figura 2.

Figura 2. Registro do evento na estação RCBR.
    Dada a magnitude do evento uma questão a perguntar é: esse evento não poderia ter causado um tsunami? O USGS determinou também o tensor momento sísmico (Figura 3) e o movimento do terremoto foi de falha transcorrente, em que o movimento não apresenta elevação ou afundamento do terreno, não tendo perigo, portanto, de formar um tsunami.

Figura 3. Tensor momento sísmico para o evento. O movimento é de uma falha transcorrente de direção aproximada EW.
Fonte: LabSis/UFRN, USGS
Joaquim Ferreira

Novos tremores na cordilheira meso-oceânica de 22 a 24/08/2016

      Entre os dias 22 e 24/08 ocorreram três tremores na cordilheira meso-oceânica. 
    No dia 22/08, às 02:57 UTC, ocorreu um tremor de magnitude 4.6. O epicentro do evento está localizado a aproximadamente 953 km a NNW da ilha de Ascensão, a 1.310 km a ESE de São Pedro e São Paulo, a 1.710 km a ENE de Fernando de Noronha e a 2.056 km a ENE de Natal. 
    No dia 23/08, às 17:47 UTC, ocorreu um tremor de magnitude 4.9. O epicentro do evento está localizado a aproximadamente 755 km a NNW da ilha de Ascensão, a 1.530 km a ESE de São Pedro e São Paulo, a 1.880 km a ENE de Fernando de Noronha, a 2.220 km a ENE de Natal e a 2.250 km a ENE de Recife. 
    No dia 24/08, às 04:27 UTC, ocorreu um tremor de magnitude 4.6, registrado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e que não consta na lista do USGS. O epicentro do evento está localizado a aproximadamente 90 km a W de São Pedro e São Paulo (dentro da Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas ou 370 km) , a 560 km a NNE de Fernando de Noronha, a 920 km a NNE de Natal e a 1.070 km a ENE de Fortaleza. 
    O mapa de localização epicentral está na Figura 1.

Figura 1. Mapa de localização epicentral. Os epicentros estão simbolizados pelas estrelas. A estrela amarela indica o epicentro do evento do dia 22. A estrela verde indica o epicentro do evento do dia 23. A estrela vermelha indica o epicentro do evento do dia 24. O triângulo vermelho indica a localização da estação de Riachuelo (RCBR). 
    O registro do evento do dia 23 na estação RCBR está mostrado na Figura 2.

Figura 2. Registro do evento do dia 23 na estação RCBR. O evento está dentro do retângulo verde. O sismo abaixo é o terremoto da Itália de magnitude 6.2 que causou mais de 200 mortes.
Fonte: LabSis/UFRN, USGS, RSBR
Joaquim Ferreira

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Seminário LabSis de 25/08/2016

    Dando continuidade a série de seminários de 2016, nesta quinta-feira, dia 25/08, às 15:30 h, no auditório do Módulo REUNI do Departamento de Geofísica, será proferido o segundo seminário do LabSis, do ciclo de 2016. O palestrante será Hugo Esteban Poveda, do Departamento de Geofísica (DGEF) e  doutorando do Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica (PPGG -UFRN).

Título: Estrutura da Crosta Média e Superior para o Noroeste da América do Sul a Partir de Tomografia de Ruído Sísmico Ambiente
 
Resumo:

    São apresentados mapas tomográficos do modo fundamental das ondas Rayleigh, para o Noroeste da América do Sul. Esses mapas são construídos para uma faixa de períodos de 6-38 s, a partir da correlação cruzada de ruído sísmico ambiente, com dados da rede sismográfica do Serviço Geológico da Colômbia, com 53 estações de banda larga. Foram recuperadas um total de 1.300 funções de Green empíricas, para um períodos de três anos de registro. A partir das funções de Green, foram obtidas curvas de dispersão, as quais foram invertidas utilizando uma grade de 0.5° X 0.5°, usando o método iterativo não-linear. Os mapas tomográficos mostram uma excelente correlação com a geologia da superfície. Onde as anomalias de baixa velocidades estão relacionadas com rochas sedimentares e depósitos quaternários nas regiões da costa do Caribe e do Pacífico, Já na região da cordilheira oriental essas baixas velocidades estão associadas à uma cobertura de rochas sedimentares do cretáceo. Por outro lado, as anomalias de altas velocidades são correlacionadas com complexos ígneos-metamórficos de idade Jurássica e com o embasamento do pré-cambriano, presentes na serra de Nevada de Santa Marta e na cordilheira central. Adicionalmente, os mapas tomográficos foram invertidos para se obter modelos de velocidades da onda S, com o objetivo de construir perfil 3D de velocidades de onda S para a região da Colômbia.
Palavras Chaves: Interferometria, Correlação Cruzada, Ruído Sísmico Ambiente, Tomografia.

Fonte: LabSis/UFRN
Hugo Esteban, Jordi Julià, Rodrigo Luiz.