No próximo dia 03/05/2012 teremos mais
um seminário do LabSis, atividade coordenada pelo Prof. Jordi Julià. O
seminário será proferido pelo graduando em Geofísica e bolsista do PRH22 Renato Ramos da Silva Dantas e terá
por título "Decaimento da aceleração de ondas sísmicas de terremotos da borda da Bacia Potiguar".
O seminário será apresentado no auditório do prédio Reuni (Departamento de Geofísica), às 16:30 h.
Resumo:
A região da Bacia Potiguar é a área de maior
atividade sísmica no país, constando, inclusive, nos mapas globais de perigo
sísmico. Apesar disso, pouco se sabe sobre o efeito que um possível tremor, de
determinada magnitude e ocorrido em determinado local, teria em uma dada estrutura
construída nessa região. Para isso, necessita-se de registros da aceleração do
solo devido a esses tremores. Ou seja, a solução desse problema exige a
ocorrência de tremores e a existência de acelerógrafos aptos a registrá-los.
Recentemente, o projeto RSISNE
(PETROBRAS/UFRN/FUNPEC) permitiu a compra e instalação, no Nordeste do Brasil,
de estações permanentes completas (sensor broadband
e acelerógrafo), bem como de acelerógrafos individuais que se podem instalar em
áreas sísmicas. Parte dessas estações e acelerógrafos individuais foram
instalados na borda da Bacia Potiguar. O objetivo do trabalho que vem sendo desenvolvido é verificar
como se dá o decaimento da aceleração nessa região utilizando-se os dados coletados
do final de 2010 até agora.
Como modelo de decaimento, foi utilizada a forma clássica de Kanai (1961). É possível estimar os parâmetros desse modelo através de uma regressão linear múltipla, usando o método dos mínimos quadrados.
Para a estimativa dos parâmetros desses modelos, aplicada ao caso da borda da Bacia Potiguar, foram utilizados 37 registros de aceleração das seguintes estações: ACCP (Cabeço Preto, Pedra Preta), NBPA (Paraú), NBPV (Pedro Velho), ACJC (João Câmara) e ACMT (Matão, João Câmara), usando, principalmente, tremores oriundos das falhas sismogênicas de Samambaia (região de João Câmara) e de Cabeço Preto (região de Pedra Preta). A equação obtida
ajustou-se bem aos dados.
Um exemplo de registro acelerográfico é mostrado na Figura 1, abaixo.
Fonte: LabSis/UFRN
Renato Dantas, Joaquim Ferreira, Jordi Julià
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